SOL SOBRE OS OMBROS

Na estrada caminho, com medo de para trás olhar,

e rever os muitos espectros que em outrora me assombravam.

Meu medo, de um não sei o quê, e sem saber ao certo o porquê...

busco eu encontrar você.

Palavras enganosamente perdidas, que no passado foram ditas,

ecoam nos sete ventos e tocam em meus ouvidos,

como o frio metal que no bronze retine.

O sentimento responsável do amar você,

será a dúvida do óbvio ou a certeza do improvável!?

Meias verdades, falsa felicidade, engodos de alegria,

na angustia das noites escuras,

regem o compasso das passadas de meu caminhar.

O amor, um celebre sentimento, tem suas rimas cruéis

em pavor, horror, dor, rancor...

Vencendo o medo do amanhã e minhas limitadas resistências,

viro a cabeça, o corpo e o coração;

centralizo meu olhar na longa caminhada que percorrera.

Reflito em meu retrovisor, e do caminho pude ver

o quanto de mim deixei no asfalto marcado.

Os meus pés estavam queimadas; porém ardência não me causaram;

pois minhas lágrimas os refrescaram.

Marcas de muitas feridas que o tempo causou,

não havia eu percebido o cicatrizar.

As verdades, ou as mentiras de mim,

se misturavam a cada romper da noite.

Amor que amei, que muito sofri;

amor pelo qual sofri, e muito chorei,

pela estrada que só caminhei, não o consegui reencontrar.

Mas, decido pelo para frente e olhar e a caminhada continuar,

e enquanto caminho,  em uma sombra a esperança persigo.

Sobre meu ombros o peso sinto, do sol que no verão reina,

mas deste não há de mim nenhum reclamar;

pois é a ardência do seu queimar,

que a todo o instante a mim lembra...

que ainda não terminou o caminhar.

 

Por: Rogério Godoy

 

Obs. Este poema faz parte do livro OUTUBRO 31 – Encontros e Desencontros do Amor, de Rogério Godoy, que foi publicado na cidade de São Paulo no primeiro verão de 2009.

 

COMENTÁRIO do Autor:

O poema SOL SOBRE OS OMBROS foi criado, não em um momento de abandono por um amor ou por solidão dele; mas sim, em um momento de solidão de amor próprio. Quantos de nós nos enganamos em dado momento de nossas vidas chorando por um amor perdido ou não correspondido, quando na verdade choramos mesmo por falta de nos sentirmos amados por alguém e/ou por nós mesmos. E não adianta tentar preencher esse espaço deixado por essa falta de amor, com uma linda mulher ou um lindo homem, uns copos de cerveja no bar com os amigos,  festas sem compromisso, um cigarro atrás do outro, drogas, etc.; só um verdadeiro amor pode preencher a esse espaço: JESUS.

É muito fácil na alegria e quando tudo nos vai bem, dizermos que não precisamos de Jesus; mas precisamos ter por conhecimento que o seu gesto de amor por nós foi algo voluntário e por extremo amor pela minha e pela sua vida. Se assim o quisesse, Jesus bem poderia dizer não, e não sofrer e morrer na cruz por nós; Ele a isso fez, POR AMOR!

Bem sei que o SOL SOBRE MEUS OMBROS, não foi apenas um momento da minha vida, mas sim, um momento na sua vida também; e quem sabe esse momento não é hoje e agora. Você pode estar passando por essa situação (vivendo sem amor próprio) agora. Pois bem, é hoje e agora que eu te digo: Entrega o teu caminho ( e a tua vida) ao Senhor (Jesus), confia  nEle, e tudo o mais, por ti Ele fará!

Creia, o vazio que existe em você, só pode ser preenchido pela pessoa de JESUS.

Não posso te garantir uma vida só de felicidades com Jesus; mas isso sim posso: TE GARANTIR QUE VOCÊ NUNCA MAIS SE SENTIRÁ SOZINHO E SEM AMOR! Isso é, se andares e viveres segundo os ensinamentos dEle.

 

 “Os enganos das circunstâncias,

podem cegar os nossos olhos e nebular nosso entendimento,            

                                                       e nos fazer desistir de continuar;                                                        

mas, só certeza em Jesus, nos fará não temer a caminha

e nos renovará a cada dia A VONTADE DE CONTINUAR!”

                                                                                          (Pastor Rogério Godoy)